O governador eleito do Pará, Simão Jatene (PSDB), viajou sábado, 13, com a família para tirar duas semanas de férias, preocupado com os destinos do estado: o orçamento que vai herdar da atual administração, de Ana Júlia Carepa (PT), não contempla em 2011 sequer os recursos necessários para honrar 13 folhas de pagamento do funcionalismo público. Jatene aponta também distorções no orçamento da Casa Civil – reduzido em 50% - e revela que tem recebido denúncias de saques em galpões da merenda escolar no interior.
“Eles aceleraram os gastos, não o desenvolvimento”
POR DENTRO – O senhor tem boas notícias sobre a situação do estado do Pará, que o senhor voltará a governar a partir de 1º de janeiro de 2011?
SIMÃO JATENE – Sou uma pessoa discreta, não sou de anunciar devassas, mas se levarmos em conta a folha de pagamentos de outubro de 2010 e multiplicar por 13, o que tem no orçamento de 2011 não cobre, não fecha, principalmente se agregar os benefícios concedidos agora, em final de festa. Também tenho recebido informações preocupantes do interior, inclusive de saques em galpão da merenda escolar...
POR DENTRO – Há muitas distorções no orçamento de 2011 que o senhor vai herdar do atual governo?
JATENE – Vou citar o caso da Casa Civil do atual governo, que no orçamento de 2011 tem apenas 50% do que teve este ano. Será porque 2010 foi ano de eleição? Eles aceleraram nos gastos, não no desenvolvimento do Estado.
POR DENTRO – O polêmico empréstimo de R$ 366 milhões obtido junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi efetivamente repassado às prefeituras do Estado?
JATENE – Pelo que eu fiquei sabendo, ele pegaram R$ 180 milhões, mas ninguém sabe ao certo o que fizeram com o dinheiro. Alguns municípios receberam, outros não. O atual governo vai ser questionado na Assembléia Legislativa sobre a destinação dos recursos..
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